Filha de piauiense é condenada a mais de 61 anos de prisão por matar família carbonizada
O Tribunal de São Paulo condenou Anaflavia Martins Meneses Gonçalves a 61 anos, 5 meses e 23 dias de prisão, por participar do assassinato dos seus pais, Romuyuki Veras Gonçalves (43), sua mãe Flaviana de Meneses Gonçalves (40) e seu irmão Juan Victor Gonçalves (15).
Romuyuki era piauiense e foi morto com a esposa e filho durante um assalto na casa que moravam, em um condomínio fechado em Santo André. A família foi morta com golpes na cabeça.
O crime ocorreu em 27 de janeiro de 2020. Os corpos foram encontrados carbonizados dentro do carro da família no dia seguinte pela polícia, em 28 de janeiro de 2020, em São Bernardo do Campo.
O julgamento iniciou na segunda-feira (12) e a sentença foi lida na madrugada desta quarta-feira (14). O juiz Lucas Tambor Bueno destacou que as circunstâncias dos fatos extrapolaram “aquelas normais para este tipo de crime”, bem como “houve nítida premeditação para as práticas delitivas”.
Consta nos autos que a filha das vítimas informou sua companheira, Carina Ramos de Abreu, da existência de um cofre na casa dos pais. Com a ajuda de três homens, Guilherme Ramos da Silva, Juliano e Jonathan Ramos, entraram no condomínio onde morava a família. Os corpos das vítimas foram encontrados no dia seguinte, carbonizados.
Anaflávia facilitou a entrada dos comparsas no condomínio onde morava a família e participou dos crimes. Carina, companheira da filha à época dos fatos, foi condenada a 74 anos, sete meses e dez dias de reclusão, e o terceiro envolvido, Guilherme Ramos da Silva, a 56 anos, dois meses e 20 dias de reclusão. Todos em regime inicial fechado. Os outros dois réus acusados no caso, os irmãos Juliano e Jonathan Ramos, serão julgados em agosto.
Os jurados consideraram os réus culpados pelos crimes de homicídio qualificado (motivo fútil, com emprego de meio cruel e uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas), roubo majorado, destruição de cadáver e associação criminosa. Cabe recurso contra o julgamento. Os condenados já estão presos e não poderão apelar em liberdade.
Anaflávia, porém, não foi condenada pelo assassinato do irmão, somente dos pais. A decisão revoltou a avó da jovem, que esperava que a neta recebesse uma condenação maior.
Fonte: G1 São Paulo e Tribunal de Justiça de São Paulo