Guerra: piauiense deixa Israel, chega ao Brasil e está entre as primeiras resgatadas
O primeiro avião de resgate com 211 brasileiros, que deixaram Israel, pousou em Brasília por volta das 4h10 desta quarta-feira (11). A aeronave decolou de Tel Aviv ontem (10) e fez voo direto de cerca de 14 horas. Entre a tripulação estava a advogada piauiense, Marina Mendes, que realizava peregrinação em Jerusalém e precisou retornar ao Brasil, interrompendo a viagem, devido ao confronto iniciado, no último fim de semana, entre Israel e o grupo Hamas, no Oriente Médio.
“Quando chegamos em Jerusalém, era um dia seguinte [do ataque], e passamos o dia no hotel. Nem imaginávamos como seria passar por esse momento, já imaginava um caos. Jerusalém é uma cidade onde há uma reunião de muitas religiões que costumam conviver bem. Então, se um ataca o outro, consequentemente acaba atacando o seu também”, explica a advogada.
O grupo de peregrinação estava com aproximadamente 45 pessoas e três padres, todos de Brasília, cidade onde a advogada mora, atualmente. Ela conta que em Jerusalém foi possível ouvir a sirene que alerta bombardeios em cidades vizinhas tocar.
“A gente ouviu a sirene, mas soube que era bem distante, e ela toca por conta do radar que é sensível. Então, não necessariamente algo iria nos atingir. Quando tocou era exatamente a hora que a tinhamos marcado para celebrar uma missa no hotel; já estavámos reunidos lá embaixo, em um bunker. À tarde, a cidade estava aberta, com comércio e trânsito funcionamento normalmente”, disse Marina Mendes.
Translado de brasileiros
O Governo Federal mobilizou a repatriação dos brasileiros devido ao confronto iniciado no último fim de semana entre Israel e o grupo Hamas, no Oriente Médio.
Estão previstos mais quatro voos até domingo (15) na chamada Operação Voltando em Paz, coordenada pelos ministérios da Defesa e das Relações Exteriores. Neste primeiro momento, a estimativa é retirar 900 brasileiros que estão em Israel e na Palestina.
O Itamaraty já colheu os dados de pelo menos 2,7 mil brasileiros interessados em deixar a região e voltar ao Brasil. Neste primeiro momento, a prioridade são cidadãos que residem no Brasil e visitavam a região do conflito sem ter passagem de volta.
Fonte: Portal ClubeNews