Polícia Federal investiga advogados e servidores públicos suspeitos de fraudes tributárias
A Polícia Federal cumpriu, nesta quinta-feira (14/12), sete mandados de busca e apreensão em um condomínio da Zona Leste de Teresina e na cidade de Mulungu (CE).
Os investigados são advogados e servidores públicos suspeitos de fraudes tributárias e licitações no Piauí, Maranhão e Ceará. A polícia já calcula prejuízo estimado em R$ 200 milhões.
Conforme a PF, a suspeita era de que advogados de Teresina firmavam contratos de assessoria jurídica com municípios.
A PF explicou que os suspeitos ofereciam serviços para identificar créditos previdenciários que poderiam ser usados de maneira fraudulenta nos documentos de recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e nas informações enviadas à Previdência Social.
Essa atividade envolvia pelo menos 80 municípios do Piauí, Maranhão e Ceará. Os servidores públicos eram capitaneadas por advogados da capital piauiense.
Foram identificadas pela Controladoria-Geral da União no Estado do Piauí (CGU) uma série de irregularidades nas contratações dos serviços jurídicos pelos municípios, especificamente no período de 2014 a 2018, as quais foram realizadas com recursos públicos federais, causando um prejuízo estimado de R$ 200 milhões.
A OPERAÇÃO
A operação, intitulada de Grima, contou com a participação de 30 policiais federais e o apoio de auditores da Controladoria Geral da União (CGU) para colher o material probatório nas residências e escritórios profissionais das pessoas investigadas, bem como realizar a apreensão de bens que possam ser utilizados para ressarcir o prejuízo aos cofres públicos.
Os investigados poderão responder pela prática de crimes tributários, crimes de licitação e desvio de recursos públicos.