“Alunos ficaram somente com a roupa do corpo”, diz estudante após incêndio em alojamento da UFPI
Mais de 100 estudantes da Universidade Federal do Piauí (UFPI) ficaram desabrigados após um incêndio atingir a Residência Estudantil Universitária (REU) do Campus Amílcar Ferreira Sobral (CAFS), na cidade de Floriano, no Sul do Piauí. O incêndio aconteceu no dia 11 de setembro. Os alunos foram abrigados em espaços provisórios e em casas de amigos.
Segundo a estudante Evelyn Carvalho, os residentes do alojamento perderam seus pertences devido às chamas. Muitos deles, segundo Carvalho, ficaram somente com a roupa do corpo.
“Foi um baque muito grande quando soubemos que os quartos foram todos incendiados. Alguns alunos ficaram somente com a roupa do corpo e os documentos porque estavam em sala de aula. Se estivessem dentro do quarto, poderia ter acontecido algo mais grave”.
CAUSAS DO INCÊNDIO
Até esta quinta-feira (19), não foram identificadas a causa do incêndio. A suspeita é de que uma pane elétrica tenha iniciada em algum ponto do alojamento.
Jardel Viana, diretor do Núcleo de Assistência Estudantil (NAE), comentou que as diretorias do CAFS e do Colégio Técnico de Floriano, responsáveis pela administração da residência universitária, já iniciaram as providências para solucionar o problema, principalmente no que diz respeito ao acolhimento dos estudantes.
“Fizemos todo o levantamento e temos garantido recursos suficientes para dar o suporte para os estudantes durante esse tempo que eles vão ficar fora da residência. Isso através de auxílios, bolsas, e um suporte também material com os equipamentos da REU que eles vão poder usar. Estamos dialogando com a Comunidade Estudantil para que os estudantes tenham as condições para continuar a vida acadêmica”.
Outra preocupação dos estudantes é a reforma do prédio. Segundo o representante dos estudantes do Campus Floriano, Lucas Ribeiro, este não é o primeiro incêndio que atinge o alojamento.
“No dia 23 de junho de 2022, aconteceu um incêndio por conta de falha elétrica. Não temos como afirmar qual foi a causa deste último, mas esperamos que seja feita a adequação total do espaço, que contava com infiltração, goteiras, com dano no forro de gesso, rachaduras pelo prédio. Além disso, o prédio não conta com acessibilidade para pessoas com deficiência”.