
Suspeito de matar advogada em Paulistana tentou matar outra irmã
Adelaido Gomes Celestino, suspeito de assassinar a tiros a advogada Valdenice Gomes Celestino Soares, tentou matar a outra irmã durante briga por cerca em Paulistana. Segundo o registro da ocorrência, Francisca Osvaldina Gomes estava com a vítima que, ao ser atingida, implorou para que a irmã não fosse morta.
Em depoimento, Francisca Osvaldina Gomes, também irmã da vítima e do autor, relatou que Valdenice havia ido até a propriedade rural no sábado (1º)para reparar a cerca danificada. A cerca foi motivo de sucessivas disputas entre os irmãos, pois Adelaido alegava posse da terra e demonstrava descontentamento com as ações de Valdenice.
Conforme o registro, durante os dias anteriores ao crime, Adelaido foi visto rondando a área e observando a movimentação da irmã Valdenice, o que indica possível premeditação. Na véspera do homicídio, o suspeito teria identificado o veículo de Valdecine estacionado na casa da irmã deles, Osvaldina, o que reforça a tese de que ele sabia que a vítima ainda estava na propriedade.
No dia do crime, enquanto Valdenice e Francisca caminhavam próximo à cerca, Adelaido surgiu armado, sem qualquer aviso e, sem dar tempo para reação, ele disparou contra Valdenice, que tentou fugir, mas caiu ao solo.
Adelaido então mirou a arma contra Francisca, declarando que iria matá-la também. Desesperada, Valdenice ainda implorou para que a irmã fosse poupada, mas Adelaido voltou a atirar nela, garantindo sua morte. Francisca conseguiu escapar correndo para a mata.
Prisão preventiva decretada
A juiza da Vara Núcleo de Plantão de Picos, Tallita Cruz Sampaio, decretou a prisão preventiva de Adelaido Gomes Celestino, suspeito de matar a própria irmã Valdenice Gomes Celestino Soares nessa segunda-feira (3), em Paulistana.
Na decisão, a juíza destacou que o crime ocorreu em meio a um histórico de conflitos familiares relacionado à divisão de terras herdadas, o que gerou sucessivos desentendimentos entre ambos.
“Para além disso, a gravidade em concreto do delito, ante o modus operandi empregado (matar a própria irmã, na presença da outra irmã e do neto da mesma, inclusive ameaçando matar a outra irmã, que estava no local dos fatos) permite concluir pela periculosidade social do representado e pela consequente presença dos requisitos autorizadores da prisão cautelar”, completou.