
Bebê de um ano vítima de estupro é levada para abrigo em Teresina
Os pais da bebê de 1 ano e 10 meses que foi vítima de estupro na última quarta-feira (30), em Teresina, entregaram a criança para um abrigo. A informação foi confirmada pelo conselheiro tutelar Melquisedeque Fernandes ao Portal ClubeNews.
Segundo o conselheiro, tanto a mãe quanto o pai da vítima são separados e alegaram não ter condições de assumir a criação da filha. As razões para a decisão não foram detalhadas para preservar a identidade da família. Até o momento, nenhum outro familiar manifestou formalmente o desejo de ficar com a guarda da criança.
“O período para manifestação de interesse é de três meses. Após esse prazo, se não houver pedido da família, a adoção por terceiros pode ser considerada”, explicou o conselheiro.
Ele acrescentou que, nesse tempo, é realizada uma audiência concentrada para definir o destino da guarda da criança, sendo a adoção cogitada apenas quando todas as possibilidades dentro da família forem esgotadas. O Conselho Tutelar acompanha o caso. A guarda da criança vai ser determinada pela Justiça.
Pai nega desistência
Em entrevista ao portal g1, o pai da criança negou que tenha desistido da guarda e afirmou que os avós paternos têm interesse em assumir os cuidados da neta. Ele disse ainda que a menina foi levada ao abrigo por orientação do Conselho Tutelar e que os familiares tentaram visitá-la, mas foram impedidos.
“A gente não ficou porque não deixaram. A assistente social disse que a melhor opção no momento era que ela permanecesse no abrigo até o fim do processo. Meus pais foram lá no dia seguinte para tentar levá-la, mas não permitiram”, relatou o pai.
Prisão preventiva decretada
Na quinta-feira (1º), o juiz Marcus Klinger Madeira de Vasconcelos decretou a prisão preventiva do suspeito. A defesa chegou a pedir liberdade provisória, mas o pedido foi negado. Na decisão, o magistrado considerou a gravidade do crime e sua repercussão social, afirmando que a prisão se faz necessária para garantir a ordem pública.