Consórcios Norte e Leste firmam acordo pelo fim da greve do transporte público de Teresina
Um acordo foi assinado, na tarde desta quinta-feira (23), para encerrar parcialmente a greve do transporte público em Teresina. Representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários do Piauí (Sintetro) e as empresas dos consórcios Leste e Norte estiveram presentes no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e firmaram o compromisso. Os ônibus das zonas Sul e Sudeste da capital permanecem fora de circulação.
Os dois consórcios que aderiam ao acordo ofereceram o pagamento de R$ 350 em ticket-alimentação aos trabalhadores do transporte público. O valor representa pouco mais da metade do que era recebido antes da pandemia da Covid-19 (R$ 600).
O presidente do Sintetro, Antônio Cardoso, não ficou satisfeito, mas aceitou porque era a melhor proposta.
“O Sindicato das Empresas do Transporte Urbano de Teresina (SETUT), propôs apenas R$ 250 de ticket-alimentação. Não foi uma negociação favorável, só que a proposta dos consórcios é melhor que a do SETUT. Isso não era o que a categoria almejava, pois a pretensão era um avanço maior em relação aos salários e benefícios”, disse.
CONSÓRCIOS SUL E SUDESTE
Segundo Bruno Pessoa, da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans), as empresas responsáveis por estes consórcios foram convocadas à reunião e se recusaram a participar.
“À medida que a prefeitura determinou a realização das negociações, dei o prazo de 24h para manifestação das empresas. Os consórcios Sul e Sudeste foram intransigentes e apenas disseram, por e-mail, que não tinham interesse em negociar”, relatou.
A representante jurídica do Setut, Nayara Moraes, declara o sindicato está aberto ao diálogo com estas empresas, a fim ouvir e compreender suas propostas.
“Tem pontos divergentes e isso causou um ruído no diálogo, e é importante que a gente consiga dirimir esses conflitos para atender o interesse principal que é fazer o sistema funcionar e atender a população”, pontuou.
Com as negociações bem-sucedidas com os consórcios Norte e Leste, o superintendente visa implantar transportes alternativos nas demais regiões e conseguir, na Justiça, uma determinação para as empresas colocarem, enquanto durar a greve, pelo meno 30% da frota nas zonas Sul e Sudeste.