Dono de parque se apresenta à polícia e acusa funcionário de acionar brinquedo que desabou
O proprietário do parque de diversões em que um brinquedo desabou em São João da Fronteira, no Sul do Piauí, compareceu à delegacia nesta terça-feira (17) acompanhado de um advogado para prestar depoimento. Ele relatou à polícia que o brinquedo foi acionado por um operador sem autorização.
De acordo com o delegado Marcus Franklin, titular da Delegacia da Polícia Civil de Piracuruca, o dono, que não teve a identidade revelada, afirmou que no último sábado (14), dia do acidente, estava em José de Freitas fazendo manutenção de outro brinquedo e que não presenciou o fato.
O depoimento consta ainda que o homem não tinha autorizado que a atração mecânica, conhecida como ‘Espalha Brasa’, funcionasse somente a partir do dia seguinte, mas a ordem foi ignorada por um dos funcionários.
Ferrugem
O motivo para o adiamento da liberação do brinquedo seria porque as cadeiras estavam enferrujadas e precisavam de pintura, além do funcionário responsável por comandar o brinquedo ter viajado com o proprietário.
“Segundo o depoimento do dono, ele deixou o brinquedo desmontado em São João [da Fronteira]. Ele falou com os três montadores pra montar só a estrutura, mas sem colocar as cadeiras porque ele não ia funcionar no dia, só quando tivesse chegado na cidade, mas um dos operadores acabou se precipitando. As cadeiras estavam enferrujadas, e também porque o operador estava com ele”, frisou o delegado.
Três operadores do parque foram encaminhados à delegacia depois de o brinquedo desabar. A polícia aguarda agora o resultado do laudo pericial feito no local, que ainda não tem prazo para conclusão.
Parque operava sem Atestado de Regularidade
O Corpo de Bombeiros realizou vistoria no parque no último domingo e constatou que a estrutura funcionava sem o Atestado de Regularidade, documento obrigatório para a operação de estruturas temporárias voltadas ao entretenimento do público.
Ainda de acordo com o órgão, a notificação ainda não tinha sido emitida porque o proprietário não foi localizado após a ocorrência.