Falso policial mandou vítimas ficarem paradas antes de tiroteio em bar de reggae
Um dos suspeitos de participar do tiroteio em frente ao “Bar da Thays” fingiu ser policial e mandou as vítimas ficarem paradas antes de serem alvejadas, disse o delegado Jorge Terceiro, do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).
Conforme a Polícia Civil, três veículos, de cor branca, pararam em frente ao estabelecimento. De um deles saiu um homem de colete e capuz.
“Ele disse que era da polícia e para ‘todo mundo’ ficar parado. Algumas pessoas botaram a mão na cabeça e ficaram de costas. Na sequência, começaram a descer outras pessoas dos carros, e saíram atirando”, informou o delegado.
O caso aconteceu, no último domingo (14), na Vila Madre Teresa, na zona Leste de Teresina. Uma das vítimas baleadas relatou ao DHPP que os suspeitos não tinham um alvo específico e saíram atirando em quem estava no local. “Até o DJ levou um tiro no pé”, comentou o delegado.
“Um adolescente que prestou depoimento hoje (17) disse que escapou porque descumpriu a falsa ordem da polícia de ficar parado e correu. Ele ainda foi atingido na coxa de raspão”, acrescentou o delegado Jorge Terceiro.
INVESTIGAÇÃO
Uma das suspeitas de motivação do tiroteio seria briga entre facções. “Tudo indica que o objetivo era encerrar as atividades do local por ser vinculada a uma facção rival. Os suspeitos são do PCC e a área do bar é de outra facção. Inclusive, chegou a informação que os suspeitos postaram nas redes sociais comemorando o crime”, disse o delegado.
BAR INTERDITADO
A proprietária do estabelecimento, identificado como “Bar da Thays”, foi ouvida pela Polícia Civil, na manhã desta quarta-feira (17), e informou que a documentação de funcionamento do bar estava regularizada.
O bar já foi interditado duas vezes pela Secretaria de Segurança Pública. A primeira interdição ocorreu quando a dona foi presa por vender bebidas para menores de idade.
“Ela informou que, no dia do crime (tiroteio), já estava com tudo regularizado. A gente pediu para ela apresentar os documentação e ela ficou de trazer para a gente conferir. Depois do crime, foi interditado novamente”, pontuou o delegado.