Fraude com notas e desvio de peças gera prejuízo de R$ 3 mi para empresa do PI
Um esquema fraudulento com notas e desvio de peças de veículos gerou um rombo de R$ 3 milhões para um grupo empresarial do Piauí.
A Polícia Civil do Piauí (PC-PI) cumpriu, nesta quarta-feira (15), 23 mandados de prisão contra envolvidos no crime, que chegavam a faturar R$ 100 mil por semana. Um dos alvos foi detido sob posse de R$ 47 mil em espécie. Ao todo, 24 empresas são investigadas. Algumas delas não tiveram a legitimidade comprovadas.
Além disso, foram bloqueados valores em contas de investigados, imóveis, veículos e bens materiais; também foram apreendidas armas de fogos, cuja posse foi adquirida de forma fraudulenta.
O delegado Anchieta Nery, diretor de inteligência da Secretaria de Segurança Pública (SSP), explica que os golpes eram realizados por meio de cobranças de sobrepreço em mercadorias comercializadas para as empresas, falsificação de notas de serviços que não existiam, desvios de peças de propriedades das vítimas.
“A gente foi procurado por algumas empresas que foram vítimas desse esquema criminoso, as empresas detectaram no seu balanço uma discrepância, que apontou uma possibilidade de crime”, diz.
Nery destaca que esse tipo de crime é mais recorrente no setor público, mas também pode ser reproduzido em grupos privados. Os funcionários agiam, de forma corrupta, e recebiam notas frias de terceiros para processar o pagamento.
A diligência foi realizada no âmbito da Operação Parasita, deflagrada no Piauí, Maranhão e Rio Grande do Norte. Entre os presos, estão empresários, comerciários e laranjas, cujos nomes foram usados para abertura de empresa.
Matheus Zanatta, superintendente de Operações Integradas da SSP, diz também que 15 atividades econômicas de lojas foram suspensas, pois elas recebiam e davam um estado de “legalidade” desses valores. Os presos encontrados com armas de fogo foram autuados em flagrante e interrogados, para esclarecer os fatos do inquérito policial.