
Greve no transporte público entra no terceiro dia e população sofre sem alternativas
Teresina amanheceu, nesta quarta-feira (14), com o transporte público paralisado pelo terceiro dia consecutivo. A greve de motoristas e cobradores continua após a assembleia-geral da categoria, realizada na terça-feira (13), que optou por manter a paralisação. Sem ônibus nas ruas, a população sofre com a falta de alternativas para se locomover para o trabalho ou escola.
Uma proposta do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Piauí (Sintetro), elaborada em conjunto com o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Teresina (Setut), será apresentada hoje à desembargadora Liana Ferraz, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
O acordo prevê um reajuste salarial de 13%, ticket-alimentação no valor de R$ 850 e auxílio-saúde de R$ 130. Enquanto isso, a desembargadora determinou que pelo menos 80% da frota de veículos circule nos horários de pico e 40% no restante do dia.
Porém, os usuários do transporte público dizem que essa determinação não vem sendo cumprida, uma vez que os ônibus que circulam são em número insuficiente para atender à demanda da população.
À TV Clube, a moradora do residencial Orgulho do Piauí, na zona sul da capital, descreveu o cenário como caótico.
“Estamos sofrendo muito. População do Eduardo Costa, Orgulho do Piauí, Torquato Neto… sem condições nenhuma de ir para faculdade, para escola, trabalhar. Tentamos fazer uma mobilização com a população, mas até para vir as pessoas não encontram transporte. Está um caos”, relatou Vania.
Ela conta que precisou recorrer ao transporte alternativo para conseguir chegar ao Centro de Teresina. “Peguei uma van muito lotada, com muita gente em pé. Quase não consegui chegar. Ontem, quem saiu do shopping ou da faculdade, não tinha transporte para voltar para casa. Tiveram que pagar 40 ou 50 reais de Uber”, denuncia.
Rosa Maria, moradora do bairro Santa Maria da Codipi, zona norte da cidade, também compartilha a frustração com a situação.
“Está sendo um sacrifício muito grande. Na época das eleições, a gente vota, eles prometem que vai melhorar, isso e aquilo. Botamos uma fé bem grande dessa vez, mas parece que tá sendo pior, porque não tem nem perspectiva de voltar”, lamenta.
Fonte: Portal Clubenews