Laudo conclui que motorista que atropelou piauiense em Camocim estava a 160km/ e não freou o carro
O laudo pericial do acidente que matou o piauiense José Arnaldo de Jesus Moreno, de 56 anos, em 22 de setembro de 2024, apontou que o motorista José Ricardo Oliveira dos Santos estava em alta velocidade e não freou o veículo ao avistar o piauiense. O laudo foi concluído nesta quarta-feira (4), pela Perícia Forense do Estado do Ceará.
Conhecido como Tio Arnaldo, a vítima participava de uma excursão, organizada pela Paróquia do Cristo Rei, na zona Sul de Teresina (PI). O acidente aconteceu em frente à pousada em que o grupo estava hospedado, enquanto José Arnaldo tentava atravessar a avenida Marilago. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu.
De acordo com o laudo, José Ricardo Oliveira dos Santos estava com uma velocidade acima da máxima permitida de 60km/h quando atropelou a vítima, que ficou presa no para-brisa traseiro sendo arrastada por 238 metros. O documento consta que os freios não foram acionados durante a dinâmica do acidente.
Segundo a filha de José Arnaldo, Leticia Moreno, o motorista do carro estava com uma velocidade aproximada de 160km/h. Além disso, ele teria ingerido bebidas alcoólicas e se recusado a fazer o teste do bafômetro.
Em seu depoimento, José Ricardo Oliveira dos Santos contou que estava em um bar na região do Lago Seco, onde teria ido almoçar com a família, e não teria consumido bebida alcoólica. Ele também alegou que estava com velocidade compatível e não teria acionados os freios devido à forma repentina que a vítima tentou atravessar a rua. Em sua defesa, ele afirmou que não realizou o teste do bafômetro, pois tinha bebido no dia anterior e ficou com medo do resultado.
José Ricardo Oliveira dos Santos foi preso após o acidente e solto, sob audiência de custódia. Agora, o motorista responderá pelo crime de homicídio com dolo eventual. O caso deve ser julgado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE).
Letícia Moreno, informou ao Portal ClubeNews que a família está em contato com Ministério Público, que agirá como acusação no processo. Ela destaca o sentimento de justiça pela morte do pai: “Nosso sentimento é de não deixar que o autor saia como se nada tivesse feito, nada fosse responsabilidade dele… Vamos lutar pela condenação”.