Mãe de Lucas mantém esperança de achar jovem desaparecido há quase 1 ano
Faltando pouco mais de um mês para que se complete um ano desde que o estudante de Direito Lucas Vinícius desapareceu, a mãe, Ana Lúcia Monteiro, ainda tem esperança de encontrar o filho, mas revela que o sentimento divide espaço com a revolta por não ter nenhuma resposta sobre o seu paradeiro.
O jovem de 24 anos desapareceu no dia 24 de abril de 2022, após, segundo a namorada do jovem na época, Maria Gabriela, ter se jogado da ponte Juscelino Kubitschek, na Avenida Frei Serafim, que liga o Centro à Zona Leste. Desde então, o corpo de Lucas nunca foi localizado.
“Ele era feliz”
Natural de São Paulo, Ana Lúcia conta que o filho sempre foi destemido e sonhava em ser um delegado. Enquanto não se formava, o jovem atuava como filmmaker e foi, justamente nesta profissão, em Brasília, que ele conheceu a então namorada Maria Gabriela. Após iniciar a relação, ele se mudou para o Piauí.
“Ele estava trabalhando em um evento em Brasília, e ela (Gabriela) estava a passeio lá, eles se conheceram e ele se apaixonou por ela. Ele deixou o apartamento dele alugado no Rio de Janeiro e alugou um em Teresina”, conta a mãe.
De acordo com Ana Lúcia, não tinha um dia que Lucas não falasse com os pais, e detalha que o pai dele, Moisés Monteiro, está sem chão, pois era muito apegado ao único filho homem e espera por respostas sobre o filho.
“O único desgosto que Lucas me deu foi desaparecimento dele. Nunca me deu dor de cabeça ou tristeza. Ele só nos dava alegria e felicidade por sermos pais dele. Nós vivíamos para Lucas. Conversamos com ele antes de sair para a festa, éramos muito presentes na vida dele, nós falávamos três a quatro vezes no dia. Ele era cheio de sonhos a realizar “, conta Ana Lúcia.
A mãe fala sobre os comentários de Lucas enfrentar uma depressão, antes de desaparecer. “Lucas não estava com depressão coisa nenhuma, ele passou com psicólogo apenas uma vez, presencialmente. Eu conheço meu filho há 25 anos. Ele tinha muitos sonhos e estava feliz. Se ele estivesse com problemas psicológicos, eu traria ele para São Paulo”, destaca a mãe.
“O Piauí me deve respostas”
Ana Lúcia detalha que teria combinado com o filho de que viria a Teresina em junho do mesmo ano, e que o filho teria lhe prometido apresentar a cidade, porém os planos foram interrompidos com o desaparecimento de Lucas.
A mãe do jovem detalha que casos posteriores ao de seu filho já foram resolvidos, e que não entende a morosidade que o caso está tomando e aponta falhas no processo de investigação.
A mãe continua com a esperança de encontrar o seu filho.
“Eu posso afirmar que esperança de uma mãe é a última que morre. Existe uma grande morosidade por parte de respostas. O estado do Piauí me deve respostas. Há casos como o da estudante Janaína que acabou de acontecer e já foi elucidado. Queria saber o motivo das investigações do caso do meu filho não saírem do papel”, afirma.