Mais um piauiense é confirmado entre os presos durante atos terroristas em Brasília
A piauiense Edigleuma Maria da Rocha está entre os presos durante os ataques terroristas e antidemocráticos contra os Três Poderes (Supremo Tribunal Federal, Congresso Nacional e Palácio do Planalto) em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023.
O Portal ClubeNews entrou em contato com a família de Edigleuma Maria e recebeu a informação de que ela já foi liberada e está a caminho de Teresina (PI), mas a data de chegada não foi informada. O familiar confirmou que um advogado acompanha a situação, que ela estaria na manifestação, mas não teria participação da depredação do patrimônio público.
Essa é o segundo nome de piauiense confirmado pela Secretaria Estadual de Segurança Pública, através do Gabinete de Crise Contras Atos Antidemocráticos
“Ela é acusada de envolvidos de atos contra o Estado Democrático de Direito, no dia 08 de janeiro, no Distrito Federal. Até o momento foram presos dois piauienses”, informou a Segurança em nota.
A Secretaria ressalta que “a prisão não foi realizada pela Polícia Civil do Piauí. O nome consta na lista do preso do Ministério da Justiça”.
O primeiro nome de piauiense preso durante os atos terroristas foi de João de Oliveira Antunes Neto, de 19 anos. O Gabinete de Crise esclarece que ele “já estava residindo em Brasília” quando participou dos atos antidemocráticos.
Nesta quarta-feira (18), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre Moraes, decidiu manter presos 140 pessoas envolvidas nos atos de terror de 8 de janeiro, em Brasília. Em nota, o ministro justificou a medida apontando a necessidade de garantir a ordem pública e “a efetividade das investigações”.
Moraes também decidiu libertar outras 60 pessoas que foram detidas no dia dos atos.
De acordo com Moraes, há evidências de que os 140 presos cometeram os seguintes crimes: atos terroristas, inclusive preparatórios; associação criminosa; abolição violenta do estado democrático de direito; golpe de estado; ameaça; Perseguição e Incitação ao crime.
Em relação ao grupo de 60 pessoas que foram soltas, o ministro afirmou que, embora haja indícios do cometimento de crimes, em especial a tentativa de depor o governo legalmente constituído, ainda não foram anexadas às investigações provas da prática de violência, invasão dos prédios e depredação do patrimônio público.
Esse grupo terá que cumprir medidas cautelares, entre elas:
- recolhimento domiciliar no período noturno e nos finais de semana com uso de tornozeleira eletrônica;
- obrigação de apresentar-se ao juiz comarca de origem, no prazo de 24 horas e comparecimento semanal, todas as segundas-feiras;
- proibição de ausentar-se do país, com obrigação de realizar a entrega de passaportes no prazo de cinco dias;
cancelamento de todos os passaportes emitidos no Brasil em nome do investigado; - suspensão imediata de quaisquer documentos de porte de arma de fogo em nome do investigado, bem como de quaisquer certificados de registro para realizar atividades de colecionamento de armas de fogo, tiro desportivo e caça;
- proibição de utilização de redes sociais;
- proibição de comunicar-se com os demais envolvidos, por qualquer meio.
DENÚNCIAS
A Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI) disponibilizou, na segunda-feira (9), um telefone/WhatsApp para que a população possa denunciar ações planejadas contra as instituições da República.
Por meio do número (86) 994923705, a sociedade poderá enviar informações à SSP-PI para evitar que atentados contra a democracia sejam praticados no Piauí.