Morador é suspeito de acessar WhatsApp de diretora do condomínio e divulgar conversas
Um morador de um condomínio de casas de luxo é investigado por ter acesso ao WhatsApp Web de uma diretora da unidade habitacional, capturar os arquivos do aplicativo e, com ajuda de outros moradores, divulgar as mensagens (incluindo de voz).
Na época, uma funcionária teve acesso ao aplicativo da diretora, que agora é ex-síndica, e encaminhou ao morador que espalhou aos demais condôminos.
“Esse morador criou um perfil falso exclusivamente para divulgar os áudios e os conteúdos que eram privados. Percebemos que uma das motivações seria exatamente em colocar em descrédito o grupo que estava na então gestão na administração do empreendimento”, diz o delegado Humberto Mácola, da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI).
O delegado ressalta que acessar o WhatsApp de alguém, ainda que aberto, é crime previsto no Código Penal, com pena de 2 a 5 anos de prisão. Além disso, a pena poderá ser agravada caso haja a captura de informações.
O investigado e os demais envolvidos foram alvos da Operação Intruso, deflagrada nesta quarta-feira (19), na zona Leste de Teresina (PI), onde o condomínio está localizado, na BR-343.
“Um dos alvos encontrou o Whatsweb (WhatsApp Web) de uma (na época) diretora do condomínio aberto. Ele aproveitou e pegou áudios nos quais a diretora xingava os demais funcionários. Com ajuda de um dos moradores, divulgou para todos do condomínio, chegando a ser publicado na mídia”, comenta o delegado.
OPERAÇÃO INTRUSO
A Operação Intruso tem comando da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) com apoio da Diretoria Especializada de Operações Policiais e do Departamento de Repreensão as Ações Criminosas Organizadas. As equipes da 1º Seccional de Parnaíba e da 2ªDEPATRI-PHB também dão suporte à operação.
Conforme a DRCI, as equipes policiais deram cumprimento, na manhã de quarta-feira (19), “a cinco mandados de buscas e apreensões e aplicações de medidas cautelares diversas da prisão em imóveis situados nas cidades de Teresina-PI, Timon-MA e Parnaíba-PI”.
A DRCI destaca que “a ordem foi expedida pelo juiz da Central de Inquéritos de Teresina, Valdemir Ferreira Santos, no âmbito da Operação Intruso, que investiga o crime de Invasão de Dispositivo Informático Majorado – Art. 154-A, §3º do Código Penal”.