Secretaria de Segurança intima mais de 570 pessoas a apresentar nota fiscal de celulares em Teresina
Mais de 570 pessoas vão prestar depoimentos à Polícia Civil do Piauí e esclarecer a situação de posse dos celulares. Elas devem inclusive apresentar a nota fiscal do aparelho. Se não comparecerem aos depoimentos, os intimados podem responder pelo crime de receptação culposa.
O Portal ClubeNews recebeu a informação de que alguns proprietários verdadeiros de aparelhos foram intimados uma vez registrado boletim de ocorrência após serem vítimas de furto e/ou roubo. Isso porque não houve a desvinculação do boletim de ocorrência após o aparelho ser recuperado.
“Pelo que me falaram, faltou vincular o boletim de recebimento do aparelho com o boletim de furto. Ou seja, meu celular estava como roubado. Eram várias pessoas”, disse um dos proprietários verdadeiros que precisou comparecer à sede da SSP-PI.
Os depoimentos iniciaram, na manhã desta sexta-feira (28), na sede da Secretaria de Segurança, no Centro de Teresina. A ação ajuda a descobrir se os celulares estão ou não com os seus verdadeiros proprietários.
A ação é da Secretaria Estadual de Segurança Pública em uma operação integrada da Diretoria de Inteligência Estratégica, da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil e da Superintendência de Operações Integradas.
“A intimação de 577 pessoas aconteceu com o objetivo de apreender e recuperar aparelhos celulares oriundos de furtos e/ou roubos em Teresina”, informou a secretaria.
O superintendente de Operações Integradas, delegado Matheus Zanatta, “as pessoas intimadas precisam comparecer à sede da SSP para esclarecer e apresentar nota fiscal da compra dos aparelhos, sob o risco de responderem pelo crime de receptação culposa”.
“Esperamos que a partir dessa ação ocorra também um efeito pedagógico e, consequentemente, a redução do público que procura esses aparelhos de origem duvidosa”, explicou
Segundo a Secretaria de Segurança, “a ação foi planejada após uma análise de todos os boletins de ocorrência de roubo e furto de celulares registrados na capital, no período de janeiro a fevereiro de 2023”.
“O tratamento dos dados possibilitou identificar os atuais possuidores dos aparelhos que, em regra, adquiriram em locais ou lojas onde se comercializavam aparelhos de origem ilícita”, pontuou.