
Suspeito de matar ex ligou para parente PM confessando o crime, diz delegado
Pedro Rocha Pereira de Farias, suspeito de matar a ex-companheira Gisele Maria Pinheiro Pereira com mais de 20 golpes de canivete, no sábado (5), ligou para um familiar, que é policial militar, e confessou o crime.
Conforme o delegado Francisco Costa, o Barêtta, coordenador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o suspeito “ligou informando que tinha feito uma tragédia e que estava pensando até em se matar”.
Segundo o relato de Pedro à polícia, ele teria ido à casa de Gisele na sexta-feira (4), após ser chamado por ela, e dormido no local. No sábado (5), pela manhã, acessou o celular da ex-companheira e encontrou vídeos e mensagens de outros homens.
O delegado Baretta detalhou que o suspeito discutiu com a vítima e saiu para o trabalho, mas retornou por volta do meio-dia do sábado (5) com a justificativa de pegar alguns pertences pessoais. Foi nesse momento que, durante uma nova discussão, ele a atacou com um canivete.
O feminicídio aconteceu no bairro Tancredo Neves, zona Sudeste de Teresina. O delegado acredita que o crime tenha sido premeditado.
“A vítima foi atingida com mais de 20 perfurações, principalmente nas mãos e braços, o que indica que ela tentou se defender. Ele passou a manhã toda pensando, já andava com essa arma”, afirmou Baretta.
Pedro e Gisele estiveram juntos por três anos e estavam separados há cerca de um mês. Conforme o delegado, a vítima alugou o apartamento onde aconteceu o crime há poucas semanas.
O casal não tinha filhos. Apesar de não haver boletim de ocorrência ou medida protetiva registrada contra Pedro, familiares relataram ao DHPP, segundo o delegado, que a relação era conturbada e que ele já havia feito ameaças de morte à vítima.