Suspeito de ser um dos fundadores no Piauí de célula de facção criminosa do RJ havia sido expulso do grupo, diz Polícia
Suspeito de fundar no Piauí célula de facção criminosa do Rio de Janeiro é preso — Foto: Polícia Civil
O homem chamado Jorge Florêncio Viana Júnior, que foi preso na última sexta-feira (28) suspeito de ser um dos responsáveis pela criação da célula no Piauí de uma facção criminosa oriunda do Rio de Janeiro, havia sido expulso do próprio grupo. Apesar disso, ele comandava um grupo de criminosos que atuava no tráfico de drogas na região Norte do estado.
Jorge foi localizado pelos policiais do Draco numa estrada entre as cidades de Caxias e Timon, no Maranhão, acompanhado por um homem que também foi preso, e os dois foram levados para a Central de Flagrantes, em Teresina.
Segundo o delegado Charles Pessoa, coordenador do Draco, Jorge Florêncio é suspeito de participação em diversos homicídios, casos de roubo e tráfico de drogas. Ele teria ainda comandado rebeliões em presídios no seu estado de origem, o Amazonas.
Polícia Civil do Piauí — Foto: Laura Moura /g1
Jorge Florêncio teria feito parte dos primeiros membros de outra facção criminosa, essa oriunda do Amazonas, antes de ser membro da facção carioca.
“Essa facção foi criada no Amazonas por incentivo de membros da facção do Rio de Janeiro. Eles estimularam a criação de facções regionais, como uma que existe no Maranhão, e mantinham contato com eles”, contou o delegado.
Ainda no Maranhão, Jorge conheceu um criminoso da cidade de Piripiri, Norte do Piauí, e veio com ele para o estado. Aqui, os dois teriam começado uma nova célula da facção criminosa do RJ.
“Ele circula pelo Piauí há cerca de quatro anos, praticamente se mudou para cá, e vinha atuando principalmente no tráfico de drogas”, disse o delegado.
Durante o tempo no Piauí, Jorge e o comparsa teriam se desentendido do resto do grupo e foram excluídos da facção. O amigo de Jorge, segundo o delegado, foi assassinado anos atrás pelos ex-companheiros.
Apesar de ameaçado pelos antigos comparsas, a investigação apurou que Jorge tinha comando sobre outro grupo de criminosos que atuam principalmente em cidades da região Norte do Piauí.
“Esses caras que integram esses grupos criminosos são rivais de todos os outros que não fazem parte do seu grupo, por causa da disputa territorial, pelo comércio e domínio. É assim que funcionam as facções”, comentou o delegado.
Fonte: G1 Piauí